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SINES E A INDÚSTRIA QUÍMICA EM PORTUGAL

Quando no final da primeira metade do século XX se deram os primeiros passos da indústria de refinação em Portugal, a zona da capital foi então escolhida com base em critérios socioeconómicos cuja sustentabilidade se considerava então a mais adequada. Acessos portuários e rodoviários eram os mais atraentes para a viabilização logística relativa a transportes e escoamento de matérias-primas e produtos acabados que viessem favorecer uma autonomia que há muito se desejava como alternativa às sempre onerosas importações vigentes na altura.

Surgiu depois a ideia de dotar o norte do país de outra Refinaria que trouxesse para a região as mais-valias que a proximidade dos centros de produção sempre oferecem e complementasse a obtenção dos imprescindíveis combustíveis com a fabricação de produtos considerados então como essenciais na assistência à então promissora indústria automóvel… - óleos, lubrificantes, hidrocarbonetos aromáticos….

Só então, e já na no final da década de 50 e princípio dos anos 60, se arrancou com o projeto da terceira refinaria (não há duas sem três), sustentado por outras entidades com ligação estatal, com base em estudos que, aproveitando finalmente as potencialidades do porto de águas profundas de Sines e tendo como recursos as matérias-primas das então denominadas “províncias ultramarinas”, criasse as condições para a criação de um verdadeiro complexo petroquímico. Complexos desta natureza, quase sempre à beira mar situados, associam sempre a refinaria a uma unidade de produção de olefinas (steam craker) e seus produtos complementares, terminando esta unidade por alimentar as mais diversificadas fábricas de polimerização e não só, de acordo com as conclusões dos estudos de mercado e as oportunidades que uma comercialização rentável sempre aconselha.

Com o evoluir dos tempos, das políticas, com a redução das oportunidades de recursos africanos, o panorama e localização/ distribuição dos polos já referidos tem vindo a evoluir e, para além de novas reestruturações que se fazem constar, a gasolina já só é fabricada em Sines, A EXPO suprimiu a refinaria de Lisboa, mas as estruturas da nossa região continuam a suscitar a atração dos grandes investidores estrangeiros! Assim, embora só se tenham edificado cerca de metade das unidades produtivas inicialmente projetadas pela CNP (devido à tal modificação da conjuntura política e económica), o complexo petroquímico já conheceu vários donos – CNP/EPSI, NESTE, BOREALIS e agora REPSOL. Por alguma cousa é…e o negócio parece apetecível; logo, temos que reconhecer que Sines é uma peça essencial no diagrama da química industrial pesada que estrutura a Europa.

Pouco tempo antes do agudizar da atual crise, que não é só portuguesa, anunciaram-se vários objetivos Repsol - criação de novas iniciativas (que entretanto aguardam melhores dias) e que iriam engrandecer o potencial do complexo, o porto de Sines está em constante progressão nas suas estruturas/acordos internacionais e a Petrogal continua a preparar-se para uma mais completa autossuficiência e polivalência em face das exigências que a sua importância estratégica e modernização exigem, o número de empresas de diversas dimensões que aproveitam os produtos oriundos das grandes empresas da zona continua a aumentar, fazendo-nos crer que melhores tempos virão. Poderá até ser novamente equacionada parte do diagrama de unidades fabris inicialmente previsto nos anos 60.

Em toda esta evolução e mutações verificadas, temos um denominador comum – A importância da Indústria Química está intimamente ligada a Sines e ao seu futuro. Por isso, a visão finlandesa entendeu que deveria dar algo mais às nossas gentes – um futuro mais promissor para a sua juventude com o seu enriquecimento técnico e profissional – válido em qualquer parte do mundo - e preparar também a substituição daqueles que, após obras valorosas, ganharam o direito a descansar.

Por tudo o que vos transmiti, considero que os anos futuros dependem da vontade e consciencialização dos filhos do nosso Litoral Alentejano. O aproveitamento de Sines, do seu tecido empresarial e o êxito das profissões ligadas à indústria química, deverão ser incluídos na base da nossa recuperação e virem a desempenhar um papel ainda mais importante do que já desempenham na melhoria dos resultados da nossa balança comercial.

Luís Cid - Eng.º Químico

 

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